O meu blog: “histórias do coração” ele mostra a beleza e todas as maravilhas que existem em nossas vidas em todos nossos sentimentos tudo em forma encantadora de palavras que nos saem do meu coração, um coração que acredita na vida na felicidade de tudo que a vida nos reserva. O meu coração é um livro sobre o amor que vivem na minha alma. (Aqui encontramos poemas, música, e histórias da vida real) (Joaquim Rodrigues)
quarta-feira, 20 de março de 2013
"Anjo da Guarda"
Entretanto! Às três e meia da manhã, quando dobra a bata com gestos cansados, o seu turno no hospital já terminou há muito, mas um casamento que começou mal entrou de urgência e foi uma confusão com cento e cinquenta convidados intoxicados a expelir de jorro um mar de camarões venenosos para os baldes arranjados à pressa.
Chega à rua e inspira o ar fresco da noite, apercebendo-se como se acaba insensível ao ambiente saturado lá de dentro. Pensa na mãe a dizer-lhe que passa demasiado tempo no hospital e que vai casar com um médico ou ficar solteira. Encolhe os ombros ao pensamento, só quer ir para casa. Mas lembra-se que não tem cigarros e que terá de passar pela bomba de gasolina. Compra um maço de tabaco que lhe chega através da caixa de segurança empurrada pelo homem no outro lado do vidro, abre-o, retira um cigarro, procura o isqueiro nos bolsos mas uma chama acende-se à frente dela. Leva o cigarro à boca, acende-o. Levanta os olhos e sente um impacto de reconhecimento ao ver aquele rosto sorridente. Diz um obrigado mudo de espanto.
- De nada, responde ele, e afasta-se, ficando por ali encostado a uma moto. Ela hesita em falar com ele, mas é irresistível. Aproxima-se.
- Não se lembra de mim, pois não?
- Não, responde-lhe, surpreendido.
- O acidente há uns anos, diz ela. Quantos foram? Pensa, quase quatro.
Parece que o está a ver, inanimado no asfalto como morto, a moto desfeita, a ressuscitá-lo com manobras respiratórias, os seus olhos confusos, assustados, presos aos dela, a segurar-lhe a mão enquanto não chega a ambulância. Foi o seu primeiro salvamento, nunca mais o viu. Conta-lhe tudo.
- Foi você! Exclama ele com os olhos turvos de emoção, e abraça-a num impulso, o meu anjo da guarda.
E ela sem saber o que fazer às mãos, embaraçada.
- Não imagina o que eu a procurei, queria tanto agradecer-lhe, percorri os hospitais todos!
Seis meses passaram. Ela acaba o turno e vai para casa. Ele está à sua espera a trabalhar no computador e levanta-se logo para a abraçar. Nunca se cansa de a abraçar. E para ela é a melhor hora do dia, quando volta para ele.
A mãe agora abana a cabeça e diz-lhe com uma fatalidade que não casou com o médico, casou com o paciente!
(04/11/2012)
Rodrigues Joaquim:
"Quero um Doce"
Meu desejo de hoje, e sempre.
Foi sempre o que eu mais quis.
Enrolar-me no teu prazer.
E me sentir contigo, feliz.
Eu quero que uses o meu corpo.
E quero que me experimentes.
Quero de mim tomes conta.
Uses tua língua, e teus dentes.
Cheios de vontade contigo eu quero.
Os teus beijos, teu lado de louca.
Teu lado rude mexer no teu vício.
Quero estar contigo, quero tua boca.
(20/03/2013)
Rodrigues Joaquim
"Amores Desencontrados"
(24/10/2012)
Joaquim Rodrigues
"Infidilidade"
Eu sei que estou errado, e não devo fazer nada do que fiz.
Agora tu não me queres, porque pensas que tenho compromisso.
Mas acho que devemos esquecer, e tentar mais uma vez.
Vou te provar minha fidilidade, deixa de lado essa tua timidez.
O que eu sinto por ti, é de coração, não posso negar.
Vivo é com medo, porque eu me, apaixonei de verdade.
Se pensas que eu tenho outra, não tens culpa disso.
E se ela descobrir é uma reposição, não pense nisso.
Se existe alguém errado nesta história sou eu.
Eu quis foi viver uma aventura, foi um sonho meu.
Desculpa-me, e deixa fluir, o tempo vai mostrar a verdade.
Mas se não quiseres que posso fazer? Eu vou tentar, te esquecer.
Mas por favor te peço, em nome dos dois, dá uma oportunidade.
Vamos viver este nosso belo romance, quero mostrar-te o meu amor!
Tudo aquilo eu não pude evitar por amor, agora deixa! Sem maldade.
Aquilo aconteceu, foi sem querer te magoar, não mando no meu coração.
Me apaixonei por você, eu vou te dar muito orgulho e prazer, acredita.
Vou te envolver, em mim, quero te enlouquecer.
(20/03/2013)
Joaquim Rodrigues
"A Minha Amiga Isabel"
(Culturalmente não são iguais, a Isabel é uma mulher culta bastante inteligente, nunca seria capaz de trocar a minha companhia por coisas supérfluas como ver telenovelas, senhora educada de bom diálogo e que não dispensa uma boa conversa. Confidenciávamos muita coisa, está sempre disposta a ouvir com paciência. A mulher inteligente que é, sempre a fez meditar bem, e talvez ela tenha montes de razão sobre a teoria do casamento, nunca foi dependente de ninguém nem precisa, usufrui de um salário acima da média. A única mancha na sua vida parecia ser o ter ficado desde há cinco anos a viver só depois de lhe ter falecido avó com quem foi criada, numa casa que daria um bom ninho dos melhores para ter filhos quantos quisesse, com espaço onde poderiam brincar sem problema algum. Eu até costumava brincar com ela sobre isso.
- Um dia os dois vamos começar a encher esta casa de gente – mas por opção nunca quis casar.
- Querido Joaquim! Vou contar-te uma novidade engraçada! Por sinal tenho um pretendente. Pensava que já não existiam pretendentes no seculo XXI, mas enganei-me deve ser um fenômeno imprevisível e intemporal, como os terramotos. – Sabes, no tempo da minha avó, o meu avô andou a ronda-la durante três anos até conseguir conquista-la. Namoravam pela janela. Ela lá em cima, ele cá em baixo. Como a minha avó vivia no segundo andar, a vizinha do primeiro andar tornou-se amiga dos dois. Felizmente era gorda e nada bonita, pelo que não oferecia nenhum perigo ao início do romance. Os meus avós foram casados 60 anos. E muito felizes. Tudo isto graças a um namoro à janela. Pelo que, bem vistas as coisas, embora fossem outros tempos, ele conseguiu conquista-la. - Joaquim, a minha avó era linda, loira de olho azul, alta com boa figura, chique a valer. Sabes como é! Assim como eu! “Corchete” dos pés à cabeça. Toda ela era vestidos, sapatos de salto alto e carteiras de verniz e de crocodilo, casacos de pele e saídas de piscina do mais elegante que já vi. O meu avô era baixo, careca, com os dentes ligeiramente salientes que lhe davam um certo look cavalar, nariz grande e olhos de cão vadio. Mas tinha uma grande qualidade que superava a sua fraca figura: era muito persistente. Apresentava-se todos os fins-de-semana, quando saia do Colégio militar, qual Príncipe que namora com Rapunzel. Nunca soube se chegou a subir por umas escadas de corda a minha avó nunca usou tranças compridas, o que inviabiliza a técnica engenhosa descrita no conto de fadas e imagino que a vizinha do meio a fazer de “chapeou” também não o teria permitido. O facto é que ao fim de alguns anos, a minha avó foi-se habituando à presença daquele rapaz persistente e acabou por ceder a casar com ele. Diz esse grande poeta “Vinícios de Morais” submetendo a sabedoria popular que (Quem feio ama, bonito lhe carece) e eu acho que ele está carregado de razão. Embora feliz com o casamento, a minha avó nunca deixou de reparar em bonitos rapazes como ela dizia, fossem eles amigos das filhas, das netas, netos, primos e sobrinhos. Uma vez, ao conhecer um namorado meu, exclamou:
- “ Lindo rapaz, minha querida! Muitos parabéns por teres um namorado tão bonito! E, virando-se para ele, acrescentou:
- Sempre gostei de homens bonitos, e olhe, casei-me com aquela tampa de açucareiro que ali vai.
A tampa de açucareiro era o meu avô, e quando esta cena se deu, já eram casados há mais de 40 anos. Tudo isto Joaquim, desculpa-me, é para contar que o meu pretendente, embora bem na vida e com os dentes direitinhos, me faz lembrar um pouco o meu avô, essencialmente pela falta de estatura. A sabedoria popular diz também que os homens não se medem aos palmos, mas eu sou como o poeta, gosto de subverter tudo à minha maneira e para mim os homens medem-se por tudo e mais alguma coisa, da inteligência e educação à generosidade, passando pela altura real. Um homem baixo será sempre um homem baixo e daqui não saio, daqui ninguém me tira. Não acho nem bem nem mal, mas para mim não serve. Se calhar a minha avó apaixonou-se pelo rapaz que via lá em baixo na rua exatamente por isso, porque nunca se apercebeu da altura dele. E como já não vou viver 60 anos, para quê pensar em casar-me com este? Nada disso, prefiro continuar como estou. A tal vizinha nunca casou, ainda é viva e trata-se de uma das pessoas mais felizes e realizadas que já conheci.
- Hahahahah, desculpa Joaquim, se quiseres dormir podes te estender ai meu querido! Hahahahah falo muito, não falo? Meu bem, Eu, hé!
01/05/2012:
Rodrigues Joaquim:
"Tolice"
Quando a gente pensa.
Que beijar uma pessoa.
Nos faz esquecer a outra.
É uma tolice.
A gente nunca esquece.
A outra pessoa.
Como ainda pensa mais nela.
Não existe, momento certo.
Para dizer o que a gente sente.
Mas quem está te ouvindo.
Não te compreender.
Não te merece.
Quem não compreender
um olhar.
Muito menos compreenderá.
Uma longa explicação.
(20/03/2013)
Joaquim Rodrigues
"Se Descobrires"
- Estás boa? Já não te via há tanto tempo!, diz.
- Aldrabão, nem me conheces!
- Não?!, admira-se.
- Não, diz ela, com veemência.
- Olha, afirma ele, não sei dizer o teu nome mas tenho a certeza que já estive contigo antes.
Ela diz que não com a cabeça. Um amigo aproxima-se, ela vira-se e começam a conversar, deixando-o suspenso num embaraço. Ele desanima e vai-se embora. Volta a vê-lo ao fim da noite, quando vai a sair da festa, três, quatro metros à frente. Pensa que há algo nele que a atrai, morde o lábio a ponderar uma fantasia, e se... Aproxima-se dele já lá fora, no passeio, movida por um impulso, afunda os dedos no seu cabelo ao mesmo tempo que lhe dá um beijo prolongado no rosto. Depois diz-lhe um segredo: - Descobre quem eu sou e o meu coração é teu.
Deixa no ar uma gargalhadinha fugaz, volta-se e vai-se embora depressa, a pensar que deve estar doida para ter feito aquilo. Ele, espantado, grita-lhe.
- Diz-me ao menos o teu nome!
- Na, na, na... replica ela a rir-se, sem se voltar para trás.
Ele está no estúdio de fotografia, ao fim do dia, a fumar um cigarro antes de sair. Os seus olhos passeiam ao acaso pelas fotografias penduradas na parede à sua frente até se concentrarem numa concreta. Raparigas em pose de ballet. De súbito, reconhece-a.
"Eu sabia!, pensa, sentindo o coração acelerar. Há quanto tempo foi aquilo?, pergunta-se. Um ano e meio, dois no máximo.
Ela dança uma coreografia solitária frente ao espelho, no estúdio, movendo-se com graciosidade feminina. Quando a música acaba fica a pairar um momento no silêncio, observando-se no reflexo, presa a algum pensamento. Depois, como que despertando, abaixa-se para apanhar uma toalha, limpa o rosto, volta-se e tem um sobressalto ao vê-lo ao fundo do estúdio, de pé, segurando um ramo de flores. Aproxima-se devagarinho, muito espantada, tapando a boca com a mão.
- Vim reclamar o teu coração, anuncia ele, oferecendo-lhe as flores.
Ela recebe-as, atrapalhada, ao mesmo tempo encantada e embaraçada.
- Como é que soubeste?
- Se descobrires, responde ele a sorrir, dou-te o meu coração.
(28/12/2012)
Rodrigues Joaquim:
"Meu, e Teu Sonho"
Teu sonho.
Será sempre, meu desejo.
Meu teu, nosso Amor.
Meu desejo, meu prazer.
Meu carinho, meu tesão.
Meu suor, meu toque.
Meu cheiro, meu sabor.
Meu sonho.
Será sempre, teu desejo.
Teu prazer, teu carinho.
Teu tesão, teu suor.
Teu toque, teu cheiro.
Teu sabor, teu sonho.
Meu teu, nosso amor.
(20/03/2013)
Joaquim Rodrigues
"Nossa Aventura"
Eu quero-te, amar minha donzela.
Quero sentir teu corpo de forma pura.
Beijar teus seios, de mulher bela.
Falar-te no ouvido, desta ventura.
Quero-te fazer sentir, mas com cautela.
Ouvir-te gemer, numa murmura.
Apertar-te nos meus braços casta e bela.
Entrar em ti, mas com ternura.
Mirar teus vergonhosos, mas lindos olhos.
E beijar tua boca, com prazer profundo.
E apertar teus dois pimpolhos.
Te ver rendida em fim, ao amor fecundo.
E ditosa murmurar em teus brancos olhos.
Este sim! É o maior prazer do mundo.
(20/03/2013)
Rodrigues Joaquim
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