Joaquim Rodrigues
O meu blog: “histórias do coração” ele mostra a beleza e todas as maravilhas que existem em nossas vidas em todos nossos sentimentos tudo em forma encantadora de palavras que nos saem do meu coração, um coração que acredita na vida na felicidade de tudo que a vida nos reserva. O meu coração é um livro sobre o amor que vivem na minha alma. (Aqui encontramos poemas, música, e histórias da vida real) (Joaquim Rodrigues)
domingo, 24 de julho de 2016
"O Amor não tem Idade"
Joaquim Rodrigues
Quando se conheceram foi uma surpresa, tiveram um breve romance apaixonado, andavam na rua de mãos dadas como dois adolescentes, falavam ao telefone amiúde, combinavam encontros imprevistos a meio do dia e ela pensava.
- “A felicidade é isto!”
Levava um sorriso inconsciente no rosto se alguém lhe perguntava qual era o segredo da sua alegria. Não era mistério nenhum, era só o entusiasmo do amor que a fazia reviver como já não lhe acontecia há muito tempo, como pensara que não lhe voltaria acontecer. O sonho dela foi assim, sempre sonhou ser assim, como estava acontecer.
Foram três meses intensos. Ora ficavam e dormiam em casa dela, ora então faziam uma mala ligeira e partiam de carro para um fim-de-semana sem destino prévio, (o sonho tinha tudo do mais belo, e ela nunca desejou acordar deste sonho) dormindo numa terra qualquer onde o acaso os levasse. Depois, subitamente, ele desinteressou-se sem nenhum motivo aparente, deixou de telefonar, inventou desculpas para as ausências, saiu da vida dela tão depressa como surgiu, como um furacão que deixa para trás uma devastação de sentimentos.
E ela sentiu-se enganada, entristeceu, ficou doente de amor, pensando nele obsessivamente, sempre procurando explicações razoáveis para o seu comportamento insensato. Perguntava-se.
- “Porque ele me disse que me amava, se não era verdade?”
E assim a paixão de há pouco tornou-se rapidamente em frustração, raiva, e rancor. Com o passar do tempo a tempestade acalma e a revolta passa a indiferença. Ela retrai os sentimentos, contém as emoções, determinada a não ser novamente apanhada desprevenida por um amor que a magoe.
Tem os dois filhos de um casamento falhado, anda ocupada com o trabalho e decide que está bem assim.
- “Não quero mais ninguém, nunca mais! Os homens são todos iguais, e na minha idade, foi um erro pensar que podia voltar a amar”. Pensou, como se o amor tivesse idade, ou prazo de validade.
Três anos passados depois de estar sozinha a festejar o seu aniversário num restaurante, é surpreendida no intervalo de um concerto de música clássica, que estava assistir, por um desconhecido sentado a seu lado, que lhe pergunta.
- Desculpe-me a menina costuma assistir sozinha aos espectáculos?
Encolhe os ombros com graça, e responde.
- Sim!
Ele percebe na sua resposta a fatalidade da solidão e declara que é viúvo, reformado e doido por música. Tomam um café juntos depois do concerto. Ela acha-o encantadora-mente trapalhão e aceita o seu convite para irem juntos ao próximo concerto. Vão a muitos mais e, embora não sinta a paixão avassaladora da última vez, também não se sente ameaçada pelo receio de ser magoada. Têm uma relação feliz e serena, confia nele e admite que, afinal, o seu erro foi pensar que os homens são todos iguais.
"10/07/2016"
(Joaquim Rodrigues)
"Tormento de Amor"
Joaquim Rodrigues
Nada, me importa agora
tudo morreu para mim
não tenho dia nem hora
só uma tristeza sem-fim
Meu amor por ti morreu
só agora é que vejo
como te amava Deus meu
era amor era desejo
Não me quiseste lamento
tinha tanto para te dar
e só recordo um tormento
tormento que já passou
mas que ainda me faz chorar
porque em mim nada ficou
"18/10/2012"
(Joaquim Rodrigues)
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