Powered By Blogger

quinta-feira, 4 de abril de 2013

"Reencontro" (HD) Joaquim Rodrigues


"Nós os Dois"


 
De mãos dadas campo fora.
Nós corremos.
Nós vivemos.
Que belo instante o de agora.
Meu amor.
Minha senhora.
Só tu e eu, mais ninguém.
Que singela.
E que bela!
Para mim o maior bem.
É o de ter-te.
Pertencer-te
Preso a esse teu olhar.
Meu querer.
Se poder.
Para sempre assim ficar.
E morrer.
De prazer.
 
(04/04/2013)
Joaquim Rodrigues

"Sinto Tua Falta" (HD) Joaquim Rodrigues


"As Voltas do Destino"

Quando naquela Sexta as duas amigas se encontraram sós depois de o horário de trabalho ter chegado ao fim, voltaram a se questionarem o que já seria talvez a decima vez, pois a festa era nesse fim-de-semana.
- Vens ou não passar o fim-de-semana connosco? Questionou.
A pergunta da amiga era lógica, se ela jurara a pés juntos que a sua história com o Joaquim fazia parte do passado, não havia motivo para não querer ir passar aquele fim-de-semana fora só porque ele ia lá estar. Tinha duas hipóteses, ou mantinha-se fiel à mentira, e ai não havia desculpa para recusar o convite, ou então dizia a verdade e confessava a Marta que ainda estava apaixonada por ele. Teimosa por natureza, Rosa ficou pela primeira hipótese. Seria forte e iria passar aquele fim-de-semana com todo o grupo de amigos onde, por azar, se incluía Joaquim. A decisão custou-lhe caro. Andou a restante semana angustiada sem saber o que a esperava.
Será que ele ia com a namorada? Afinal, o que acontecera entre eles fora breve e fugaz como um dia de Sol no inverno. Duas pessoas que se tinham conhecido e sentido irresistivelmente atraídas uma pela outra e passado uma noite de amor. Uma só noite de amor, mas que Rosa jamais esqueceria até ao fim dos seus dias. Tinham-se amado em sua casa, ligeiramente entontecidos pelo vinho bebido ao jantar, mas ela nunca estivera tão consciente de que desejava aquele homem. Que queria que ele tocasse no seu corpo, a acariciasse como a brisa da tarde, a beijasse com os lábios carnudos que tão facilmente sorriam como ficavam sérios. Gostava do seu corpo firme, da sua pele morena, dos seus olhos de um castanho luminoso, e sentia que também ele a desejava. E se duvidas existissem na sua mente ter-se-ia dissipado mal entrou no apartamento, quando ele lhe roubou um beijo que fez o seu coração bater mais depressa e lhe roubou o ar. A partir daí caíram nos braços um do outro, despiram-se com ansia, misturaram as línguas e as pernas, ele devassou com os lábios o seu corpo e ela estremecera de paixão e prazer quando ele a penetrara docemente, olhando-a nos olhos, sussurrando-lhe palavras ternas ao ouvido que ela jamais esqueceria.
Depois, moveram-se em compasso, sentindo cada pequena sensação de prazer e a volúpia a aumentar como uma onda até ao clímax. Dormiram aninhados nos braços um do outro e Rosa permitiu-se acreditar que assim seria para sempre.
Porém, de manha, escutou a sua voz vinda da sala, a falar ao telemóvel, e ouviu as palavras dele.


(Joaquim Rodrigues)
- Amor, desculpa não ter avisado, mas fui sair com o António ontem à noite e fiquei a dormir em casa dele.
Deitada na cama, Rosa sentiu que todo o seu mundo ruía. As lágrimas começaram a cair pelo seu rosto e foi assim que Joaquim a encontrou quando chegou ao quarto.
- Não digas nada e sai de minha casa, disse-lhe.
Joaquim não se atreveu a defender-se, mas a forma triste e apaixonada como a olhou antes de deixar a sua casa entrou direta ao seu coração. Aquilo acontecera há duas semanas atrás. Desde então, nunca mais vira Joaquim, mas foi ele a primeira pessoa com quem se deparou quando entrou na imensa casa de Marta naquele fim-de-semana.
Falaram-se claramente constrangidos, mas a química estava lá? Quando os seus olhos se encontravam, prendiam-se um no outro de forma irresistível. De tal forma que foram apanhados desprevenidos por uma voz feminina a seu lado.
- Não me apresentas? Rosa estremeceu.
Era a namorada de Joaquim. Sabia que aquilo podia acontecer, mas na verdade não estava preparada. A outra deve ter lido no seu rosto o desconforto, porque foi irônica quando disse.
- É um prazer conhece-la.
Arrastando depois um atarantado Joaquim para fora da sala. Todavia, do que Rosa se apercebeu é que era impossível esconder o que sentiam um pelo outro. Os seus olhos atraiam-se irresistivelmente e, quando isso não acontecia, apercebia-se que Joaquim estava calado, pensativo, chegando a responder com alguma brusquidão à namorada, que parecia decidida a trata-lo como um cachorro de trela.
No final dessa noite, Rosa sentiu que precisava de paz e foi até à varanda. E eis que Joaquim também lá estava. Primeiro olharam-se, em silêncio, o coração a querer saltar do peito, depois ele disse.
- Sabes Rosa me desculpa, eu nunca mais consegui-te esquecer desde aquele dia, tenho pensado em ti todos estes meus dias e noites que. Mas não pode dizer mais nada, porque nisto a sua namorada surgiu na varanda. Acusou-o de traição e a ela de uma sem vergonha. Rosa ficou chocada, sem reação. Por fim, a outra obrigou Joaquim a tomar uma decisão ali, naquele instante.
 - Mosta aqui se és homem, e diz com quem queres ficar, comigo ou com ela?
Para espanto de Rosa, Joaquim não hesitou e, olhando-a nos olhos, disse.
- Com a Rosa.

(30/11/2013)
Rodrigues Joaquim:

"Meu Amor"


"Obrigado"



O meu muito Obrigado a todos os visitantes do meu blog.
(Amor e Carinho).
Reparei que são visitantes, dos cinco continentes que!
Passam por aqui.
Fico muito contente por pessoas do Mundo inteiro já terem!
Passado por aqui.
São amigos e amigas, conhecidos e desconhecidos.
Passam por aqui.
Doutores e doutoras, professores, e professoras.
Passam por aqui.
Homens e mulheres, novos e velhos, e de todas as idades.
Passam por aqui.
De várias classes sociais e raças, familiares, e muito mais.
Passam por aqui.



 
Comentadores, e apostadores, com sentido ou sem sentido de humor.
Passam por aqui.
Gente igual a todos nós, pobres e ricos, e muita vez aflitos esses também.
Passam por aqui.
Apaixonadas, apaixonados, amadas e amados, trazendo muito ou nada.
Passam por aqui.
Sivernaltas e astronautas, e muitas maltas, a todos o meu muito obrigado.
Por passarem por aqui.
Por me ajudarem! Todos juntos fazemos do planeta um “amor e carinho”.
Passem por aqui.
Nunca deixem então de se lembrarem de tudo isso, fiquem à vontade sempre.
Passem por aqui.
 
(04/04/2013)
Joaquim Rodrigues

"Liberdade" (HD) Joaquim Rodrigues


"Vem Sentar-te Comigo na Lua"

"Vem sentar-te comigo na Lua", desafiou-a ele em pensamento, e o convite não podia ser mais tentador. Por isso, imaginou que ela lhe respondeu que sim, eu vou, porque, na realidade, ela iria a qualquer lado, desde que fosse com ele. Sentaram-se num banco à beira da Lua, cada um na sua ponta, separados por outras pessoas. A luz branca refletia-se nos seus rostos, a cidade à volta deles girava apressada e barulhenta, agitando-se impaciente na ânsia do regresso a casa ao fim do dia. Mas era como se, momentaneamente, eles os dois estivessem fora do mundo, a comunicar um com o outro, por sinais, indiferentes a tudo o mais.
Ele surpreendeu-se a observá-la quando a descobriu por acaso, ali na paragem do autocarro. Ficou logo preso a ela, a adivinhar o seu nome, a calcular a idade, a imaginar onde trabalharia. Inicialmente, ela não pareceu reparar nele, mas depois houve um momento em que os seus olhos se encontraram e ela demorou um ou dois segundos a mais a desviar a atenção, como que tomando nota de que ele estava ali.
Ele sentiu-se encorajado a abordá-la, pensou em aproximar-se e fazer um qualquer comentário ocasional, dizer uma piada, mas não lhe saiu nada, pelo menos nada que servisse como princípio de conversa e que não o fizesse parecer um perfeito idiota.
Trocaram olhares furtivos por entre as cabeças de permeio, demonstrando interesse um pelo outro, mas sem se atreverem a mais, pois, afinal de contas, eram apenas dois desconhecidos na multidão.



Ele esperou que ela lhe sorrisse e ela esboçou um sorriso tímido logo depois de os seus olhos voltarem a cruzar-se, um instante depois de desviar o olhar.
"Tenho de a conhecer, pensou ele", decidindo-se e enchendo-se de coragem, pronto para fazer figura de parvo se tivesse de a fazer, arriscando-se, mesmo que ela rejeitasse a sua abordagem.
Mas então o autocarro chegou e o encanto quebrou-se. Ela levantou-se, as outras pessoas levantaram-se, ele levantou-se, sem ter possibilidade de se aproximar, travado por uma parede humana. As portas do autocarro abriram-se com um suspiro quente. Já vinha cheio. Ela estava à frente e entrou, juntamente com outros dois passageiros, mas não restou lugar para mais ninguém. Logo a seguir, as portas fecharam-se e eles ficaram ali suspensos um no outro, separados pelo vidro, ao alcance de um braço, de uma mão. Ela sorriu-lhe abertamente, ele sorriu-lhe, o autocarro retomou a marcha, ela partiu, ele ficou.

Ficou a odiar-se por ter deixado escapar a sua oportunidade, a pensar ainda na frase que pretendia dizer-lhe se tivesse tido oportunidade. -  "Vem sentar-te comigo na Lua".

(04/03/2013)
Joaquim Rodrigues