O meu blog: “histórias do coração” ele mostra a beleza e todas as maravilhas que existem em nossas vidas em todos nossos sentimentos tudo em forma encantadora de palavras que nos saem do meu coração, um coração que acredita na vida na felicidade de tudo que a vida nos reserva. O meu coração é um livro sobre o amor que vivem na minha alma. (Aqui encontramos poemas, música, e histórias da vida real) (Joaquim Rodrigues)
domingo, 16 de junho de 2013
"O Casamento"
Sobe os degraus da escadaria da igreja aos dois e dois e pára subitamente na entrada. Veio debaixo de um Sol escaldante e sente o misericordioso ar fresco do interior da igreja bater-lhe no rosto afogueado. Chegou há pouco de fora, regressado da cidade, e entrou no café logo que desceu da camioneta. Mas estranhou por estar tão vazio a um domingo de manhã. Disseram-lhe.
- Então não sabes quem se casa hoje?
Não sabia.
- Está toda a gente lá para a igreja, acrescentaram.
De modo que recebeu a notícia como um murro no estômago e saiu disparado do café. Veio sempre a correr, terrivelmente angustiado, mas agora que parou à porta da igreja não sabe o que fazer. Sai do Sol flamejante que se reflete nas paredes caiadas e imerge na penumbra da igreja. Demora uns segundos a habituar-se à luz mortiça.
Ao fundo, como que pressentindo a sua presença, ela vira-se. Está defronte do altar, ao lado do noivo. O padre suspende a palavra. O noivo volta-se também. Os convidados espreitam por cima do ombro. Ficam todos em suspenso.
Partiu há três meses depois de uma discussão. Foi à procura de trabalho na cidade, apesar de ela se opor. Não queria que ele partisse, pois tinha a certeza de que, se fosse, nunca mais voltaria. No entanto, ele voltou, já com o emprego assegurado, determinado a casar-se com ela e a levá-la consigo.
(Joaquim Rodrigues) |
- Vai-te embora.
Ele tenta forçar a passagem, sempre com os olhos postos na noiva. O noivo, desesperado, estica o braço para o esmurrar, mas falha o alvo. Os convidados precipitam-se para os separar. Ele grita por ela. A confusão generaliza-se e o padre procura furar por entre o tumulto com o intuito de recuperar a ordem, debalde. O noivo ameaça-o de morte, ele chama por ela.
Nisto, um grito agudo e prolongado paralisa a igreja. Voltam-se todos na direção da noiva e cai um silêncio. Ela retira-se para a sacristia tentando por ordem naquilo, e diz-lhe.
- Por favor entra aqui comigo.
Abrem-se alas e ele passa. Daí a pouco, sai e vai sentar-se, cabisbaixo, no banco da primeira fila. Ela chama o noivo e este entra na sacristia com ela também. Quando saem, a noiva conferencia com o padre e, de seguida, retoma o seu lugar no altar, anunciado aos convidados que o casamento vai prosseguir, só que, afirma, com outro noivo.
Ouve-se um bruaá de espanto. O noivo dispensado retira-se com a família e a cerimónia é retomada. À saída da igreja, os recém-casados descem sob uma chuva de arroz e palmas. E a festa continua pelo dia fora, pela noite dentro.
(15/06/2013)
Joaquim Rodrigues
"Falando da Amizade"
(Joaquim Rodrigues) |
Amizade é sentir.
Um enorme carinho.
Por alguém que gosta de nós.
É nosso amigo.
É saber escutar esse amigo.
Porque ele nos escuta também.
Amizade é sabermos nos calar.
No momento certo.
Quando é preciso.
É juntar todas as nossas alegrias.
E corrermos de mãos dadas juntas.
E em qualquer direção.
É ajudarmos a deitar fora.
Todas as nossas tristezas.
É sabermos respeitar.
O espaço um do outro.
Quando isso é necessário.
Amizade é guardar.
Todos os segredos que nos contam.
Porque nossas histórias de vida.
Nos são como algo sagrado.
E sentir confiança nessa amizade.
Para falar há vontade.
Amizade é sentir.
Que a mão que nos é estendida.
É sincera, é uma cumplicidade.
Que não dá para explicar.
É algo que nos faz viver feliz.
Muito feliz!
Amizade é uma coisa muito séria.
Que eu adoro, que eu amo.
Hoje deu-me uma enorme vontade.
De falar sobre Amizade.
(16/06/2013)
Joaquim Rodrigues
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