Concentrada nas suas vontades, tu nem vê
aparece como quem não queira, assim mansa
nunca avisa qual o propósito, nem o porquê
toma conta de ti, faz-te mal, tira-te a esperança
és prisioneira da infelicidade esse é o teu espelho
esguía como sempre foste, segura nesse teu existir
mas triste sem saber porquê, doente de olho vermelho
sempre isolada de ti, nessa tua desventura sem sorrir
passam os dias, sem fazer nada, cai uma lágrima
que ocultas, no teu belo e já muito amado rosto
és assim, tornas-te numa oferta chamada lástima
sempre teimosa vivendo uma vida, sem gosto
tens de abandonar essa tua apatia
deixa de viver esse teu mundo confuso,
não patenteeis com a covardia
fala comigo eu acertarei teu fuso
(15/04/2015)
Joaquim Rodrigues
Joaquim Rodrigues