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sexta-feira, 29 de março de 2013

"My Love" (HD) Joaquim Rodrigues


"Sonho de Amor"




Quero morrer, mas dantes disso quero.
Quero beijar-te longa, longamente.
Por esse beijo tanto desespero.
Que se o não tenho morro tristemente.
 
Lábios tão belos como esses teus.
Não vi eu nunca em ninguém, jamais.
Assim uns lábios não são para os meus.
Que são tão feios, mesquinhos, banais.
 
Que morrer tenho, pois, ò meu amor.
Sem te beijar, sem me beijares a mim.
Que morrer tenho com tão grande dor.
 
Sonhasse ao menos, uma vez somente.
Enquanto durmo atormentado sim.
Sonhasse ao menos para morrer contente.
 
(29/03/2013)
Joaquim Rodrigues


"Olá! Vizinha" (HD) Joaquim Rodrigues


"Felicidade completa"

(Felicidade)

Ela vive num apartamento demasiado grande para uma pessoa só. Aquele apartamento já foi um apartamento cheio de gente, pois foi casada e teve três filhos. Hoje por causa da felicidade que passou mais tempo arredada dela vive só. Separada dos três filhos que por conta das suas profissionalizações ou amores encontrados, vivem longe dela.
Ela ganha o suficiente para levar a vida no que mais precisa. Adora o apartamento, o refúgio que lhe dá segurança. Tem a impressão de ter tudo em excesso na vida, menos amor, evidentemente. A insegurança que sente leva-a a esmerar-se. É agressiva por ter pânico de falhar. Não sai muito e o apartamento acaba por lhe suscitar um misto de sensações, é o lugar onde se sente melhor mas também onde se sente sozinha. É o espelho da sua felicidade muito incompleta. Por vezes chega cansada, senta-se no sofá e deixa escapar um suspiro que não sabe se é de alívio se de angústia por não ter mais onde ir. O vizinho bate-lhe à porta e anuncia-lhe que vai dar uma festa nessa noite e que a quer convidar.
 - O barulho não a vai deixar dormir, diz ele.
Ela fica tão atrapalhada que recusa só para se livrar do embaraço, desculpa-se com um trabalho importante que trouxe para casa. Passa a noite acordada na cama a ouvir a música da festa, a lutar com a timidez, derrotada por ser incapaz de se levantar, arranjar-se e ir para a festa, como tanto deseja.
  "Bato à porta dele, digo que já despachei o trabalho e pronto.,diz a si própria para se convencer."
Mas continua paralisada e sabe que não vai ter coragem. Lamenta que o vizinho não a tenha insistido mais e adormece com lágrimas de frustração.
De manhã cruza-se com o vizinho, descem juntos no elevador, ele pergunta-lhe.
- Bom dia, linda vizinha! O barulho ontem há noite a incomodou muito?
- Não! - Responde ela como querendo se machucar a si própria.
- E a festa correu bem?
- Sim, sim! Muito divertida, diz ele, pena foi você não ter vindo.
Ela cora e sente-se estúpida por isso. Ele acha-a adorável. Ela acha-o perfeito com aqueles jeans, alegre, descontraído, bonito. Costuma suspirar quando pensa nele e sabe exatamente porquê.
Passa o dia bem humorada, embora se ache tonta por não ter razão para otimismos. Sempre pensou que não estava à altura dele, que é bom demais para si. No entanto, ele ficou intrigado. À noite volta a bater-lhe à porta e convida-a para jantar. Ela fica aflita, gagueja, mas ele diz com graça.
  - Não aceito outra rejeição.
Ela ri-se, desconcertada, pede tempo para se arranjar. Toca à campainha, ele abre, elogia o seu vestido, diz que está deslumbrante, leva-a para a varanda onde está posta a mesa com vela acesa, oferece-lhe um copo de vinho. Sentam-se a conversar e ela pensa, controlando uma euforia, que talvez possa alcançar finalmente a felicidade completa.

(29/03/2012)
Rodrigues Joaquim:

"Fala Coração" (HD) Joaquim Rodrigues


"Demente"

(Demente. Apaixonado)

Quantas bocas já beijas-te, meu amor?
Com tua boca ardente, e apaixonada.
A quantas emprestas-te teu sabor.
Quantos homens minha amada.
 
Felizes, para esses teus olhos olharam.
Felizes esse teu calor, eles sorveram.
Felizes todo teu corpo, tatearam.
Felizes, porque contigo viveram.
 
Tua boca andou de uma para outra, sem ver.
E sem nunca perceber que te amo tanto.
E a mim, nunca me deste nada para viver.
Nem que fosse um só beijo, um somente.
Abrandaria um pouco este meu pranto.
E jamais se sentiria assim, este demente!
 
(29/03/2013)
Joaquim Rodrigues

"Tango" (HD) Joaquim Rodrigues


"Dança do Amor"



Hoje quero dançar contigo.
Dançar a dança do amor, do nosso amor e ama-la.
Dançar a noite inteira, numa na sala ou numa rua qualquer.
Eu quero é dançar.
Hoje o céu vai ter duas estrelas, se chover não faz mal.
A música nos embala.
Quero sentir teu corpo colado no meu, e ver teus olhos cheios de prazer.
Os meus olhando.
E nessa nossa dança cheia de felicidade e prazer.
Quero meu amor abraçar aperta-la.
Quanto há música.
Pode ser uma música qualquer.
Um slow, uma balsa, uma rumba, ou até um tango.
E sentirmo-nos como duas crianças, numa festa.
Só sentir simplesmente a dança.
E assim marcar a nossa existência, para no futuro.
Termos essa lembrança.
Se formos vistos por alguém, e nos chamar de loucos.
Assim seja, porque só é feliz quem corta as amarras da vida.
E não quer morrer aos poucos.
Já estou imaginando, estamos no baile.
Teu rosto encostado ao meu.
Aí! A vida pára, só tu e eu.
Só nós dois, e a nossa grande paixão.
Porque não?
Só nós sabemos mais ninguém sabe.
Porque somos dois, a felicidade não é só para mim.
Temos os dois, esta aventura, viver um grande amor, nos amar.
 E sentir assim.
Sentir teu corpo e ter a certeza, que não é em sonho, estás comigo.
Sentir teu calor, ver no teu olhar, o prazer de ficar.
Amor! Hoje eu quero dançar contigo.
 
(29/03/2013)
Joaquim Rodrigues