Quero morrer, mas dantes disso quero.
Quero beijar-te longa, longamente.
Por esse beijo tanto desespero.
Que se o não tenho morro tristemente.
Lábios tão belos como esses teus.
Não vi eu nunca em ninguém, jamais.
Assim uns lábios não são para os meus.
Que são tão feios, mesquinhos, banais.
Que morrer tenho, pois, ò meu amor.
Sem te beijar, sem me beijares a mim.
Que morrer tenho com tão grande dor.
Sonhasse ao menos, uma vez somente.
Enquanto durmo atormentado sim.
Sonhasse ao menos para morrer contente.
(29/03/2013)
Joaquim Rodrigues
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