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sábado, 19 de agosto de 2017

"O lênço de papel"

Joaquim Rodrigues

Na vida a gente aprende de tudo, aprendemos como podemos ver o amor, e como o amor muitas vezes nos faz chorar, e como durante esse período de tempo consome-se dezenas de lenços de papel, só para limpar a ranheta que largamos.
Todos tipos de lenços usados são muito frágeis, e todos os namorados não param de ter erros ortográficos, foi sempre assim, e sempre assim será! Ainda hoje na reprodução dos lenços originais, os erros não foram corrigidos, se tu aceitares, só te posso aconselhar duas coisas.
Primeiro proponho que participes num concurso, reescreves todas as quadras que tens na tua memória em lenços de papel, mas escreve sem erros.
Segundo vais ter de lembrar que eu existi na tua vida, e que as quadras que escreveres têm sempre forçosamente de ter o meu nome, caso contrário, o que reescreveres nunca vai ser verdadeiro. Convém te preparares bem, para entrares no concurso, para não falhares, entras então numa biblioteca, pode ser a biblioteca da vida, pois ela ensina muito bem, e lê tudo sobre pessoas que não param de consumir papel, e então é ai, que tu me vais conhecer melhor.
 Aproveita para aprender de onde sai o papel para fazer os lenços dos ranhosos, e como os lenços depois são feitos.
Quanto ao concurso atenção só serão aceites os melhores trabalhos. Mas se tu fores inteligente, talvez consigas, talvez sejas a melhor, depois já não tens de consumir papel. Portanto despacha-te há um prémio para o melhor trabalho. Eu já mandei o meu.
Meu amor deixa-me eu chorar até eu me cansar e consumir todo este papel, só quero que me leves para um lugar qualquer contigo e chorar há vontade, mas onde Deus nos possa ouvir aos dois”

(26/07/2017)
Joaquim Rodrigues

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