Powered By Blogger

terça-feira, 28 de junho de 2016

"QUEM AMA, LOGO EXISTE"


Joaquim Rodrigues

Existem duas dores de amor, a primeira é quando a relação termina e a gente ama e é obrigado a seguir seu caminho amando vai ter de se acostumar com a ausência do outro com a sensação de perda de rejeição, e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a ver a luz no fim do túnel
a mais dilacerante é a dor física da falta dos beijos e abraços e essa dor não ser importante para o ser amado, mas, quando esta dor passa…se passar…

Começamos outro ritual de despedida a dor de abandonar o amor que sentíamos, a dor de esvaziar o coração, de remover a saudade de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa é isso também dói, também doí!
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto tempo quanto à pessoa que o gerou, existem sempre razões e culpas nessas pessoas sabendo que há quem reclame não conseguir se desprender de alguém

Mas acontece que sem darem conta, não querem se desprender. Esse amor mesmo não retribuído, tornou-se a maior lembrança de belos momentos de uma época bonita, que foi vivida entre eles e daí
passou a ser um bem de valor inestimável uma sensação à qual não a conseguimos largar faz parte de nós. O que sentimos é o querer, voltar a ser alegres e disponíveis mas para isso é preciso a gente fazer algo que nos foi caro por muito tempo e que de certa maneira se entranhou na gente e que só com muito amor que sentido pelos dois é possível mas para tudo isso acontecer seria muito importante o amor ser sentido de igual pelos dois.

É uma dor mais amena, quase imperceptível, talvez, por isso, costuma durar mais. É uma dor que nos confunde, que nos envergonha por não termos sido capaz de a evitar parece ser a mesma dor, mas não, já é outra. A pessoa que nos deixou até podia já não nos interessar mais mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos que nos colocava dentro das estatísticas. “Eu amo, logo existo” Quando nos despedimos de um amor é despedir-se de si mesmo é apagar uma história e tudo isso, é tão difícil. Eu sei que não é externamente, da nossa concordância mas é preciso que saia de dentro da gente, e será possível a gente voltar amar, de novo?..

(27/06/2016)

Joaquim Rodrigues

Nenhum comentário: