(Joaquim Rodrigues) |
Quando eu te mandei deitar, a meu lado.
Deitas-te nua e faminta, cheia de desejo.
Tinhas os teus olhos brilhantes, os teus lábios húmidos.
E eu senti o teu corpo, tua pele macia de cetim.
Um corpo molhado, que molhava o meu.
E enquanto uma boca se envolvia no meu sexo.
A outra se envolvia num mamilo.
E assim de repente, nos vimos os dois envolvidos.
Distantes do que nos rodeava.
Distantes do mundo real, do presente.
Só existiam nossas bocas, nossos olhos.
Teus seios, tuas mãos, minhas mãos.
O meu sexo, e o teu sexo.
Que nunca mais pararam de se moverem.
E assim ficamos, de corpos colados até extrair.
A primeira Lágrima, o primeiro sumo do nosso prazer.
Levantamo-nos tão alto, rodopiamo-nos tão rápido.
E nesta sequência de encantamentos, sentimos o amor.
Para depois deixarmos cair uma lágrima.
Quando nosso máximo desejo brilhou no escuro.
E onde os dois fomos incapazes de parar, por ser impossível.
(26/06/2013)
Joaquim Rodrigues
Um comentário:
AMO MUITO TUDO ISSO!
Admiro por demais o jeito com que descreve a sensualidade de um momento... delirante...
"Deliciante" (essa palavra não existe no vocabulário, mas existe pra mim)...
beijos
Delícia de texto..
Ritinha
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