Pela montanha alcantilada.
Todos quatro em alegre companhia.
O Amor, O Tempo, a minha Amada.
E eu, subia-mos um dia.
Da minha amada no gentil semblante.
Já se viam indícios de cansaço.
O amor passava-nos adiante.
E o tempo acelerava o passo.
- Amor, amor! Mais devagar!
Não corras tanto assim, tão ligeira.
Não pode com certeza caminhar.
A minha, doce companheira!
De súbito o amor e o tempo, combinados.
Abrem as asas trémulas ao vento.
Por que voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis, nesse momento.
Volta-se o amor e diz com azedume.
- Tende paciência, amigos, meus!
Eu sempre tive este costume.
De fugir com o tempo, adeus, adeus!
(21/03/2013)
Joaquim Rodrigues
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